Os pais são os principais estimuladores da fala e da comunicação de seus filhos;e o ambiente mais influente no seu desenvolvimento global é a sua própria casa.
Estou fazendo uma especie de cursinho sem a presença de minha filha portadora de lábio leporino e fenda com as cirurgias de fenda e palato já concluídas,com a fonodióloga,na verdade agora entendi que antes de achar que um tratamento pra fala vai funcionar nos pais precisamos aprender algumas coisas de como aborda los e apresentar de uma melhor forma esses estímulos que vão ajuda los na pronuncia das palavras.
Quando falamos, o ar que vem dos pulmões, passa pela laringe (garganta) onde a voz é produzida e sobe em direção à boca. Dependendo dosmovimentos dos lábios, da língua, da elevação da parte mole do céu da boca,produzimos sons diferentes (vide Informativo 1 para maiores detalhes).
Para o ar e os sons não escaparem pelo nariz, a parte mole do céu da boca (palato mole) e as paredes da garganta (faringe) se movimentam, como se fosse uma “porta” que abre e fecha. Na maioria dos sons que produzimos, a “porta” fica fechada, e assim o ar e o som, saem somente pela boca. Estes
sons são conhecidos como sons orais (como por exemplo, os sons que produzimos ao falar a palavra “papai”).
SONS ORAIS: “P, B T, D, C, G, F, V, S, Z, CH/X, J, L, LH, R, RR”
e as vogais “A, Ê, É, I, Ô, Ó, U”
Ao falarmos a palavra “mamãe”, o ar e o som vão para a boca e também para o nariz, pois a “porta” que separa o nariz da boca não fecha, ficando uma comunicação necessária entre o nariz e a boca (a “porta” fica aberta). Estes sons são conhecidos como sons nasais e formam palavras como: “mamão”,
“nenê”, “ninho”.
SONS NASAIS: “M, N, NH, Ã, Õ”
Cada criança tem seu ritmo de aprender os sons mas existe uma certa ordem e media de idade esperada para este inicio:
P ,B, T, D ,M ,N 1ANO E 6 MESES
K ,G,F,V 1ANO E 8 MESES
S,Z,J 2ANOS E 6 MESES
CH 2 ANOS E 10 MESES
L 3 ANOS
R 3 ANOS E 5 MESES
R 4 ANOS E 2 MESES
Podemos estimular o desenvolvimento da audição, fala e linguagem do bebê desde antes do nascimento. Temos que conversar sempre com os bebês aproveitando todas as situações
de vida diária como, por exemplo, o banho, a alimentação, o vestir, etc. Em todos estes
momentos, devemos contar para a criança o que está acontecendo e o que a criança está fazendo.
Durante o banho, por exemplo, podemos nomear as partes do corpo falando enquanto vamos ensaboando cada parte: “Agora vamos lavar os pés, a perna, a barriga,...”. Durante a alimentação podemos chamar atenção para os nomes dos alimentos, a temperatura, a cor, etc: “Hummm! Que feijão gostoso!
Ai, tá quente,... olha a folha de alface que é verde...” No inicio devemos usar frases curtas com o nome dos objetos ou pessoas e a ação, como: “a boneca caiu” e conforme a criança vai crescendo e entendendo mais as coisas, podemos construir frases maiores, como: “coitada da boneca, ela caiu no chão”
(expressar o sentimento de acordo com a vivência da situação).
Outra forma de estimular a criança é participar das atividades dela: ler livros infantis, assistir a seus desenhos favoritos junto com ela, e então, solicitar que ela conte o que viu e o que aconteceu na história. O fonoaudiólogo é o profissional que pode orientar os pais e cuidadores quanto às atitudes que
favorecem a aquisição e o desenvolvimento da fala, da audição e da linguagem. É importante observar e respeitar as fases normais do desenvolvimento de fala da criança. Também, não devemos estressar a
criança, exigindo que faça coisas que não são esperadas para a sua idade ou para as quais ela ainda não está preparada.
Se sua criança tem fissura no palato, atrasos ou desvios no desenvolvimento da fala podem acontecer! Desde que a criança não tenha outras anomalias ou alterações, o melhor a fazer quando ela atrasa
para falar, é continuar estimulando-a, ou seja, criar oportunidades nas quais ela tenha que se comunicar! Portanto, atender e antecipar o que ela precisa, sem dar a oportunidade da criança comunicar o que ela quer, não é uma boa estratégia. Também é importante que a criança seja avaliada periodicamente
pelo fonoaudiólogo, que poderá identificar se existem outras alterações ou anomalias (além da fissura) que possam comprometer o desenvolvimento da fala audição ou linguagem.
link: http://www.redeprofis.com.br/admin/webeditor/uploads/files/pdfs/manuais-informativos/informativo_02.pdf
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