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15 de julho de 2010

DRENO-O QUE É E PRA QUE SERVE?

Nos primeiros anos de vida de uma criança é que o desenvolvimento do processamento auditivo ocorre a partir das experienciação do mundo sonoro,como o reconhecimento da voz materna ate um ruído desconhecido que provoque medo. Assim, perdas auditivas,  otite média nesta época, podem ser indicadores de risco para o seu desenvolvimento, como também para a linguagem, fala e aprendizagem, pois este é o período crítico que a criança aprende como ouvir e justamente porque todas essas funções se comunicam.
O processamento auditivo é o termo utilizado para descrever o que acontece quando o cérebro reconhece e interpreta os sons em torno de uma pessoa
A razão para avaliar e acompanhar as crianças com fissura para problemas de audição na maioria dos casos não é notada,porem ao realizar exames apresenta algum tipo de alteração na orelha média e isso porque pessoas com fissura de palato têm uma dificuldade de ventilação dos ouvidos. O motivo para essa dificuldade, conhecida como “disfunção tubárea”, músculos que devem abrir e fechar a tuba auditiva (responsável por comunicar o ouvido com a garganta e manter os ouvidos ventilados por isso há necessidade dos serviços especializados no atendimento a pacientes com fissura mesmo sem uma aparente percepção podendo ser tratado adquadamante evitando sequelas futuras, tais como distúrbios de fala e linguagem, proporcionados pelo comprometimento da audição  à fissura palatina mesmo depois de cirurgias que corrijam o lábio e a fenda.
A otite média é uma infecção da parte do ouvido que fica além da membrana do tímpano, separado por uma membrana, chamada ouvido médio, de aparecimento súbito (agudo). A otite média muitas vezes está associada a uma infecção das vias aéreas superiores (amigdalite, sinusite, etc) ou do canal que liga o ouvido médio à parte de trás da garganta (Trompa de Eustáquio)Quando uma criança está com gripe, uma amigdalite ou uma alergia que afeta as narinas (rinite), a trompa de Eustáquio pode ficar entupida pelo inchaço em seu revestimento ou pelo muco acumulado dentro da trompa. Este bloqueio impedirá a drenagem do líquido do ouvido médio para a garganta. Bactérias ou vírus que chegam normalmente ao ouvido médio pela trompa de Eustáquio e que seriam eliminados por este mesmo caminho, com o entupimento, podem proliferar e causar infecção, com acúmulo de líquido e até pus, resultando na otite média.
O sistema imune das crianças ainda não está totalmente desenvolvido até os 7 anos de idade, proporcionando maior dificuldade para combater as infecções.

Crianças com labio leporino e fenda palatina alem de ter uma facilidade de desenvolver gripes,e dificuldade de libertação do  acumulo de secreção (catarro) nos ouvidos,e pelo nariz , impede o mecanismo normal da audição de acontecer e, portanto prejudica a audição e também pode gerar inflamações repetidas de ouvido. Quando há perda de audição pelo acumulo de catarro (chamado de otite serosa) a criança tem muitas infecções de ouvido, sempre precisando usar antibióticos variados podendo as vezes o próprio organismo criar um certa resistência,uso frequente de bombinhas asmáticas,nebolizaçoes entre outros medicamentos que auxiliem esse processo que deveria ocorrer normalmente. Se a perda auditiva existe ou a criança tem infecções de ouvido repetidas é necessário fazer uma cirurgia  como complemento do tratamento. A cirurgia é feita pelo otorrinolaringologista e consiste em inserir um dreno para ajudar a ventilar o ouvido médio. Isto permite que o fluido escoe do ouvido médio sem mais acumulo de secreção (catarro) nos ouvidos, ajudando a igualar a pressão no ouvido. O procedimento é executado sob anestesia e normalmente pode ser feito no consultório.
Problemas relacionados ao nariz são frequentes nas crianças e adultos com fissura oral/facial, principalmente nas fissuras que acometem um lado apenas (fissuras unilateriais). Esses problemas podem causar congestão ou obstrução nasal, assim, a criança/adulto precisa respirar pela boca, fato que ocorre principalmente durante o sono. A causa dessa obstrução é que o septo nasal (que é o “muro” que divide o nariz em duas partes, as fossas nasais) pode, com o desenvolvimento do nariz, sofrer um desvio para o lado da fissura. Esse desvio do septo nasal) bloqueia a passagem de ar pelas fossas nasais e a criança ou o adulto sentem o nariz constantemente trancado e, então, durante o sono respiram pela boca e podem apresentar roncos.
A obstrução nasal crônica também pode levar ao hipodesenvolvimento dos seios da face, espessamento da mucosa, além de outras alterações histopatológicas que levam ao desenvolvimento de sinusite de repetição ou crônica.
Como para falarmos, na infância, encostamos o palato mole na região da adenóide , ao retiramos a adenóide com a cirurgia podemos deixar um espaço aberto nessa região, isto é, o músculo do palato não consegue chegar até a parede onde estava a adenóide e, assim, não fechando toda a região do esfíncter velofaríngeo. Decorrente desse espaço pode ocorrer um escape de ar nasal durante a fala, resultando na voz hipernasal (“fanha”). Desse modo, é fundamental a análise do otorrinolaringologista que atua na área de malformação craniofacial. Ele é o profissional com capacidade para indicar ou não o procedimento e escolher a técnica adequada para cada caso.

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