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25 de janeiro de 2011

ANSIEDADE E FATORES PSICOLOGICOS

 A estomatite,a catapora,uma pequena infecção no ouvido onde foi colocado o dreno resultou no adiamento da cirurgia do palato..AZITROMICINA ,ERITROMICINA E AGORA CEFALEXINA.estou um pouco triste mas sei que como e importante que ela esteja bem nos exames para que tenha condições de operar minha tristeza e porque ela ta falando e tenho medo de talvez essa cirurgia esteja sendo muito tarde para a correção da fala e notavelmente ela esta falando fanha como toda mãe que quer um bom resultado de sua luta sei que ela já tem muitas vitorias e ira ter outras com certezas na verdade,apenas queria que ela operasse acho que esse sentimento se chama ansiedade e como toda mulher sofro com a minha ansiedade e com a dela....


A criança portadora de fissuras labiais e/ou palatinas, em geral, apresenta características psicológicas peculiares, relacionadas à anomalia presente. Alguns aspectos psicológicos da condição incluem, por exemplo, a reação inicial dos pais, de aceitação ou rejeição; o desenvolvimento da criança, em especial relacionado à fala, linguagem e ao desenvolvimento intelectual; e a resposta emocional do paciente, da familia e da comunidade diante de possíveis deformações faciais(3).

Na idade escolar, problemas relacionados com a linguagem, assim como a inibição para discussões ou participações em sala de aula, freqüentemente resultam em significativos problemas educacionais.
Devido a vários fatores, crianças portadoras de fissuras labiais e palatinas apresentam risco para o desenvolvimento de problemas psicológicos. Em geral, essas crianças possuem uma deformidade estética visível, que pode levar a reações negativas por parte dos pais, irmãos, amigos, professores e outros adultos. A face é uma fonte significativa de comunicação que proporciona o estímulo inicial para as expressões das emoções daquele que fala, suas características e personalidade.

A aparência facial atípica pode dificultar a habilidade dos outros na interpretação acurada das expressões como uma forma de comunicação não verbal. 


Aparência física

A aparência física, em especial a aparência facial, é um aspecto importante a ser considerado na interação humana, contribuindo, inclusive, para a formação da opinião de uns sobre outros. A face humana representa um significativo estímulo na interação social, sendo freqüentemente utilizada como uma forma primária de comunicação.

Observa-se que maior atenção positiva é fornecida pelos adultos às crianças com aparência mais atrativa; assim, suas necessidades são mais prontamente percebidas e respondidas favoravelmente. Verificou-se, também, haver uma relação entre o desempenho escolar e a aparência física de crianças portadoras de deficiências físicas visíveis. Assim, pode-se sugerir que uma deformidade facial pode favorecer uma enorme dificuldade nas interações sociais.

Ao nascimento, as crianças portadoras apenas de fissura palatina apresentam uma aparência facial mais favorável do que aquelas que apresentam fissura labial; porém ao iniciar o desenvolvimento da linguagem, no segundo ano de vida, as dificuldades serão mais evidentes socialmente.

Desempenho escolar

Estudos desenvolvidos com crianças portadoras de deficiências físicas têm sugerido que uma sutil reação negativa pode influenciar o julgamento dos outros com relação às habilidades e ao comportamento da criança.


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Uma pesquisa desenvolvida por Richman e Harper (1978), com crianças portadoras de fissuras labiopalatais, indicou que os professores consideravam o comportamento da criança mais inibido do que seus pais o consideravam. Assim como os professores subestimavam as habilidades intelectuais de crianças que apresentavam deformações faciais.
As pesquisas também têm sugerido que crianças em idade escolar são menos propensas a escolher uma criança portadora de fissura labiopalatal como amigo do que escolher crianças com outras condições que requerem necessidades especiais.

As habilidades verbais de crianças portadoras de fissuras labiopalatais podem ser influenciadas por vários fatores como falta de estimulação precoce no lar, histórico de perdas auditivas relacionadas com infecções auriculares e inibição.

Menor rendimento escolar tem sido identificado em crianças portadoras de fissuras labiopalatais. Apesar de alguns estudos sugerirem que essas crianças apresentam menor grau no coeficiente de inteligência do que a população em geral, em muitos casos esse fato pode ser atribuído apenas à dificuldade verbal.

Em estudo desenvolvido por Broder, Richman e Matheson, em 1998, verificou-se que crianças portadoras de fissuras labiopalatais são de risco para apresentar dificuldades de aprendizado, baixo rendimento escolar e repetência escolar.

Comportamento e personalidade

Alguns estudos verificaram maior grau de inibição entre crianças escolares portadoras de fissuras labiopalatais, assim como menor independência e menor agressividade.
No entanto, o grau de gravidade da deformidade facial é um fator que deve ser considerado. Crianças que apresentam uma deformidade mais grave tendem a apresentar maior grau de inibição.

Crianças e adolescentes portadores de fissuras labiopalatais podem apresentar um maior grau de ansiedade e estresse, possível de ser exarcerbado pelo maior grau de deformação facial, dificuldades de fala e relacionamentos sociais.
As dificuldades de fala levam as crianças a uma menor participação em sala de aula e maior inibição. Alguns estudos também têm observado baixa auto-estima em crianças portadoras de fissuras labiopalatais, com insatisfação com a aparência física.

Observa-se uma diminuição nos níveis de inibição social com o passar da idade, para as meninas portadoras de fissuras labiopalatais, ocorrendo essa diminuição em menor grau para os meninos.

Poucos estudos avaliaram a influência dos diferentes tipos de fissura no comportamento, adaptação e aprendizado de crianças portadoras de fissuras labiopalatais. Millard e Richman (2001) avaliaram a adaptação e as características de aprendizado em três grupos de crianças portadoras de fissuras labiopalatais: fissura unilateral de lábio e palato; fissura bilateral de lábio e palato; e apenas fissura palatina. Os autores verificaram que, de acordo com o relato dos pais e professores, crianças portadoras apenas de fissura de palato apresentaram maior grau de depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado relacionados com a fala. As crianças portadoras de fissuras labiopalatais unilaterais e bilaterais apresentaram maiores dificuldades relacionadas com a aparência facial. Os autores concluíram que esses subgrupos devem ser estudados separadamente.

CONCLUSÕES

A criança portadora de fissura labiopalatal, em geral, apresenta maior inibição. Muitos estudos têm mostrado que desvios da normalidade na aparência ou fala podem influenciar a percepção dos outros com relação à criança, podendo resultar em maior dificuldade nas interações sociais e menor expectativa de pais e professores com relação ao desempenho intelectual. A criança portadora de fissura labiopalatal necessita da atenção de uma equipe multidisciplinar, intervenção precoce e uma abordagem psicológica adequada e realística


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link:  www.cibersaude.com.br/revistas.asp?id_materia=2130...
Fatores psicológicos e sociais relacionados às crianças portadoras de fissuras labiopalatais Psychological and social factors associated with cleft lip and/or palate children

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