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12 de fevereiro de 2011

BEBÊS E A PSICANALISE

De acordo com Bernardino (2004), é na presença do analista e sua escuta que se permite um espaço no qual a mãe possa elaborar essas experiências desencadeadas pela presença real do bebê. Essa escuta  permite ainda que a mãe e o pai se posicione de uma maneira nova perante a criança. As pontuações do analista, dirigidas tanto ao bebê, quanto aos membros da família ali presentes, fazem função de terceiro termo, representando a linguagem e a palavra em uma relação que se mostra predominantemente corporal.
Portanto, destaca-se como fator relevante a própria presença do  bebê,  que ao receber do inconsciente da mãe o que esta não havia elaborado, atualiza este conflito, trazendo em seu corpo um sintoma ou ainda um comportamento, com o qual a mãe terá que se haver, promovendo deste modo  a possibilidade de elaboração e reorganização do conflito da mãe. Para o bebê ele se liberta do sintoma, passando a dar significação ao que estava sem sentido e, além disso, tem para si uma mãe livre para acolhê-lo num vínculo mais positivo, com possibilidade de uma constituição subjetiva saudável, que poderá se estender futuramente a outras áreas de sua vida.



Partindo deste princípio, compreende-se a importância de uma relação saudável mãe-bebê, na qual a mãe livre de processos não elaborados possa oferecer os cuidados físicos e afetivos buscando identificar e suprir as reais necessidades do bebê e como conseqüência este retribua demonstrando confiança e segurança. È neste contexto que o bebê vai consolidando uma personalidade psiquicamente saudável. Ele vai registrando através de sensações e percepções essa relação de cuidado e o lugar que ele ocupa nesta relação.


A Psicoterapia Psicanalítica tem como referencial teórico-metodológico “A Psicanálise” que tem por seu criador Sigmund Freud. È uma abordagem centenária, porém atual, ou seja, embora conserve os ideais e os princípios básicos concebidos por Freud, também busca transformações, assim como todos nós e o mundo que nos cerca estamos sempre nos transformando, assim também ocorre com a Psicanálise. Portanto cada época com suas peculiaridades exigem um estilo de trabalho diferenciado de acordo com a sua realidade. No início era uma Psicanálise Ortodoxa, logo após surge a Psicanálise Clássica, e atualmente embora a natureza humana continue sendo a mesma mudou as contingências e os valores socioculturais. Partindo do pressuposto de significativas mudanças biopsicossociais e econômico-culturais é que na atualidade surge a “Psicanálise Contemporânea”.
A Psicanálise Contemporânea é uma abordagem que busca acolher o paciente em seu sofrimento e dor e conjuntamente com ele realizar um trabalho de investigação, conscientização, elaboração e reordenação dos aspectos emocionais inconscientes que a seu tempo não foram elaborados e ordenados mas que na atualidade traz sofrimentos à pessoa isto é, ressignificar o passado a partir do presente. Além de analisar as funções inconscientes, analisa ainda as funções conscientes (percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico, discriminação, etc) e como estas se comunicam entre si.

As transformações e mudanças na família nuclear, mais casamentos, porém mais divórcios (novas composições familiares advindas de recasamentos com filhos de ambas as partes), produção independente de filhos, aumento de mães solteiras adolescentes. Mudanças nos papéis tradicionais que eram conferidos ao pai, mãe, aos avós, e que não raramente os “papéis” e os lugares ocupados se superponham ou até invertam, podendo gerar confusão especialmente aos filhos. O somatório de tudo isso que foi dito está contribuindo para uma crescente e generalizada crise de identidade. Crise esta que ocorre tanto no âmbito individual, quanto no grupal e social.
A acelerada mudança de valores éticos, morais e religiosos somados às formas de violência urbana que regem o modo e a finalidade de viver, tornaram os indivíduos, “inseridos em um mundo” que exige uma velocidade crescente para uma exitosa adaptação aos padrões vigentes, deixando este “ansioso, confuso e perdido quanto à sua identidade”. “Quem eles são como devem ser, para o que e para quem eles vivem”. É pensando neste contexto da realidade atual que você  é convidado a buscar uma nova maneira de pensar e de visualizar os problemas individuais e coletivos, formando assim uma nova visão do mundo e da vida.
 LINK:
http://www.clinicadisouza.com.br/psicoterapia/psicanalitica


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